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Nossa abordagem contínua para a guerra na Ucrânia

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quarta-feira, 16 março 2022

Nota editorial: Este blog foi publicado pela primeira vez em 16 de março de 2022 e atualizado pela última vez em 7 de setembro de 2022 para incluir novas informações sobre a abordagem de nossas políticas e métricas atualizadas sobre o impacto do nosso trabalho.

Mais sobre nossa abordagem em inglês, ucraniano e russo.

Como muitas pessoas no mundo inteiro, nos comovemos com a invasão russa da Ucrânia e a crise humanitária que foi desencadeada na região. Nossa principal prioridade é garantir a segurança das pessoas dentro e fora do serviço, e nossas equipes estão trabalhando cuidadosamente para isso.

Acreditamos que temos uma responsabilidade com as pessoas – especialmente durante períodos de crise – de aplicar proativamente nossas regras, preservar o acesso ao Twitter, destacar informações críveis e confiáveis, proteger a privacidade e a segurança das pessoas que usam nosso serviço e de outros, e proteger a conversa pública contra os esforços de manipulá-la.

Nas últimas semanas, as pessoas na Ucrânia, na Rússia e em todo o mundo têm usado o Twitter para compartilhar informações importantes em tempo real, encontrar  ajuda, conectar-se umas com as outras e se expressar. Infelizmente, também estamos cientes de que o Twitter está sendo restrito para algumas pessoas na Rússia. Como dissemos anteriormente, acreditamos que uma internet livre e aberta é vital e que as pessoas no mundo todo devem ter o mesmo acesso à informação. Levamos a sério o nosso papel coletivo e o do nosso serviço.

Abaixo, compartilhamos atualizações de nossa abordagem em relação à guerra e informações mais detalhadas sobre nossos esforços.

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Destaque a informações confiáveis

Dado o papel importante que os algoritmos desempenham ao recomendar e amplificar o conteúdo on-line, acreditamos que a moderação precisa ir além de derrubar ou manter um conteúdo. Nossa abordagem é dupla:

  1. Se o conteúdo violar as Regras do Twitter, aplicaremos nossas políticas, seja agindo em Tweets ou em contas – isto inclui a remoção de conteúdo.
  2. Quando os riscos de danos imediatos associados a um Tweet são menos graves, mas se deixados sem contextualização podem enganar as pessoas, nosso foco é reduzir seu alcance e não amplificar proativamente os Tweets nas Páginas Iniciais das pessoas. Deixar de amplificar o conteúdo reduz significativamente sua visibilidade e as etiquetas dão um contexto importante.

Da Página Inicial à aba Explorar, estamos facilitando a forma de encontrar atualizações e informações confiáveis e aumentar a segurança.

  • Os Moments do Twitter com curadoria de conteúdo sobre a guerra na Ucrânia trazem notícias e recursos em tempo real em vários idiomas e foram vistos mais de 36,8 bilhões de vezes**. Veja exemplos em português aqui, aqui, aqui e aqui.
  • Nossas equipes de curadoria contextualizaram aproximadamente 3.000 assuntos relacionados a tendências** em 14 países e cinco idiomas desde o início da crise*. Ao anexar Tweets representativos, escrever títulos e descrições explicativas ou associar essas tendências a Moments para fornecer às pessoas ainda mais contexto, estamos ajudando a responder à pergunta: "Por que esse assunto está em alta?"
  • As abas Pesquisa e Página Inicial exibem recursos de segurança digital importantes em inglês, ucraniano e russo.
  • As páginas dedicadas estão disponíveis em 12 idiomas e em mais de 67 países – continuamos a expandir essa ferramenta.
  • Criamos um Tópico para ajudar as pessoas a se manterem informadas, diretamente na Página Inicial, e uma Lista do Twitter com fontes de notícias confiáveis.
  • Para as pessoas que usam o Twitter na Ucrânia e na Rússia, pausamos algumas recomendações de Tweets de pessoas não seguidas na Página Inicial para reduzir a disseminação de conteúdo pouco saudável.
  • De forma geral, estamos trabalhando em recursos como Tópicos, Listas e Espaços para reforçar as medidas de segurança e proteger as pessoas contra o uso indevido do serviço – é importante que essas ferramentas sejam seguras e confiáveis.

Nossa abordagem para mídias afiliadas a Estados

Desde 2020, nós não recomendamos ou amplificamos contas de mídias afiliadas ao Estado em certos países e adicionamos etiquetas, incluindo em entidades vinculadas à Rússia. No mês passado, expandimos nossa abordagem, adicionando etiquetas a Tweets que compartilham links para sites de mídias afiliadas ao Estado russo. Grande parte do conteúdo de mídia afiliada ao Estado vem de compartilhamentos desses links, e não apenas das contas que temos rotulado como mídia afiliada ao Estado.

Desde 28 de fevereiro, rotulamos mais de 910.175 Tweets únicos** nesta categoria. Conforme observado acima, e como é padrão em nossas etiquetas, esses Tweets não são qualificados para amplificação, o que significa que não são recomendados na Página Inicial, notificações e outros locais no Twitter. Nossas intervenções têm feito a diferença, contribuindo para uma redução de 30% do alcance desse conteúdo.

Agora começamos a adicionar etiquetas adicionais a várias contas de mídias afiliadas ao Estado da Bielorrússia. Também rotulamos uma conta de mídia afiliada ao Estado na Ucrânia. À medida que o conflito – e a conversa online – evolui, queremos oferecer mais contexto às pessoas e permitir uma experiência mais informada no Twitter. Acreditamos que as pessoas têm o direito de saber quando uma conta de mídia é afiliada a um ator estatal.

Durante períodos de conflito, é fundamental permitir o acesso a informações factuais e confiáveis e deixar claro quais contas são controladas pelos Estados participantes. Para cumprir essa missão, aplicaremos etiquetas de mídia governamental e afiliada ao Estado às partes envolvidas em conflitos internacionais, além dos países já cobertos por nosso trabalho existente. A política ajudará a garantir que adicionemos contexto às conversas sobre conflitos globais de forma equitativa. Pretendemos expandir nossa abordagem, rotulando mais países ao longo do tempo.

Além disso, as sanções recentemente anunciadas pela União Europeia (UE) exigem legalmente que certos conteúdos de mídia afiliada a Estados sejam retidos nos Estados-membros da UE, e estamos cumprindo esta exigência. Nossa abordagem global fora da UE continuará a se concentrar em restringir esse tipo de conteúdo de mídia afiliada ao Estado em nosso serviço e fornecer contexto importante por meio de nossas etiquetas.

Nossa abordagem para etiquetas governamentais

Estamos rotulando contas governamentais qualificadas para fornecer contexto adicional. Nesta semana, vamos lançar etiquetas para contas do governo ucraniano.

5 de abril de 2022

Uma internet livre e aberta é vital, e as pessoas em todo o mundo devem ter acesso igual e compartilhado à informação. Quando um governo bloqueia ou limita o acesso a serviços online em seu Estado, prejudicando a voz do público e a capacidade de acessar informações livremente, mas continua a usar serviços online para suas próprias comunicações, é criado um grave desequilíbrio de informações. Particularmente em momentos de conflito armado ativo entre países, os danos criados por esse desequilíbrio são agudos; o acesso à informação e a capacidade de compartilhar informações são de suma importância.

Buscamos promover o acesso aberto à informação por meio de conversas públicas. Para lidar com a dinâmica nociva criada por bloqueios e limitações de serviços online, não ampliaremos ou recomendaremos contas governamentais pertencentes a Estados que limitam o acesso a informações gratuitas e estão envolvidos em conflitos armados internacionais – independentemente de o Twitter estar bloqueado naquele país ou não. Isso significa que essas contas não serão ampliadas ou recomendadas para pessoas no Twitter, inclusive na Timeline da página inicial, nas abas Explorar, de Busca e outros locais no nosso serviço. Primeiro, aplicaremos essa política a contas governamentais pertencentes à Rússia.

As tentativas dos Estados de limitar ou bloquear o acesso a informações gratuitas dentro de suas fronteiras são exclusivamente prejudiciais e vão contra ao que o Twitter acredita: conversas públicas saudáveis ​​e abertas. Estamos comprometidos em tratar as conversas sobre conflitos globais de forma mais equitativa e continuaremos avaliando se essa política pode ser aplicada em outros contextos, além do conflito armado entre países.

Sobre a aplicação mais ampla de nossas regras

Como fazemos em grandes eventos globais, nossas equipes estão monitorando ativamente os riscos potenciais. Reconhecemos que algumas contas de grande relevância, incluindo de jornalistas (especialmente mulheres jornalistas), ativistas, agências e funcionários do governo, podem ser particularmente vulneráveis. Estamos trabalhando para mitigar qualquer tentativa de invasão ou manipulação direcionada e disponibilizamos recursos de segurança para essas contas em inglês, ucraniano e russo. Também estamos trabalhando com nossos parceiros em todo o mundo, incluindo membros do Conselho de Trust & Safety, para identificar e escalar solicitações urgentes de apoio a jornalistas, ativistas e outros que precisam de assistência.

Continuamos a avaliar proativamente o comportamento inautêntico e outras violações de nossas regras. Desde o início da guerra na Ucrânia, removemos mais de 100.000 contas* por violações de nossa política contra spam e manipulação da plataforma. Essas contas representam uma ampla gama de tentativas de manipular o serviço – incluindo spam oportunista e com motivação financeira – e atualmente não acreditamos que representem uma campanha específica e coordenada associada a um ator governamental.

Também temos visto um aumento substancial no volume de mídia compartilhada com contexto enganoso, desinformativo ou impreciso, incluindo vídeos antigos de conflitos, compartilhados como se estivessem ocorrendo na Ucrânia. Em linha com nossa política sobre mídia sintética e manipulada, rotulamos ou removemos mais de 66.407 conteúdos**.

Nossas equipes estão monitorando proativamente as violações de nossa política contra propagação de ódio e das regras que proíbem a promoção da violência, e continuarão a agir contra contas ou Tweets que tenham como alvo pessoas com base em sua nacionalidade e outros grupos à medida que surgirem novas narrativas. De acordo com nossa política de comportamento abusivo, especificamente em relação à negação de eventos violentos, aplicamos nossas regras contra inúmeras contas que negaram ou compartilharam afirmações enganosas sobre ações violentas e aqueles afetados durante a guerra.

Valorizamos a transparência e nos próximos meses pretendemos divulgar um conjunto de dados direcionados sobre o conflito ao Twitter Moderation Research Consortium (TMRC) para análise posterior.

5 de abril de 2022

No desenvolvimento e aplicação de nossas regras, continuamos focados em permitir conversas públicas e proteger a segurança das pessoas online e offline. Somos guiados pelo direito internacional humanitário, especificamente o Artigo 13 da Convenção de Genebra III (proteger prisioneiros de guerra de qualquer abuso físico ou psicológico ou ameaça de abuso, e abrange a proibição de humilhá-los) e não queremos que o Twitter seja usado por atores estatais para infringir essa lei. Nosso trabalho para proteger a conversa conta com a consultoria de uma ampla gama de parceiros confiáveis, incluindo organizações internacionais de direitos humanos, a fim de garantir que nossa abordagem considere os fatores em jogo.

Para esse fim, agora pediremos que as contas de meios de comunicação afiliadas a governos ou Estados removam qualquer mídia publicada que exiba prisioneiros de guerra, de acordo com nossa política de informações privadas e mídia.

Também adicionaremos um aviso à mídia publicada por contas de meios de comunicação afiliados a governos ou Estados que exibam prisioneiros de guerra, que tenham um interesse público convincente.

Por fim, agora exigiremos a remoção de quaisquer Tweets, independentemente de quem os publique, se houver conteúdo relacionado a prisioneiros de guerra compartilhado com intenção abusiva, como insultos, pedidos de retaliação, que zombe ou mostre prazer em destacar o sofrimento de prisioneiros de guerra, ou qualquer outro comportamento que viole as regras do Twitter.

10 de maio de 2022

Em abril, anunciamos que não amplificaríamos ou recomendaríamos contas governamentais de Estados que limitam o acesso a informações gratuitas e que estivessem envolvidos em conflitos armados internacionais, começando pelas contas ligadas ao governo russo. Nossa abordagem se mostrou eficaz. Em relação às contas governamentais russas, os primeiros resultados mostram que;

  • As impressões das contas diminuíram 49%;
  • O engajamento por Tweet caiu aproximadamente 25%;
  • O número de contas que engajaram com esses Tweets diminuiu 49%.

Acreditamos que a moderação de conteúdo deve ir além da remoção de conteúdo ou de contas. Não amplificar – o que significa que o conteúdo não é recomendado na Timeline da página inicial e outros lugares na plataforma – e adicionar rótulos com informações de contexto reduzem rapidamente o alcance e a visibilidade do conteúdo no Twitter, em escala.

Consideramos uma série de ações ao aplicar nossas regras e buscamos garantir que sejam proporcionais ao risco de dano criado pelo conteúdo. As escolhas das pessoas também influenciam como e o que elas veem no Twitter; nesse caso, o conteúdo dessas contas ainda será exibido para seus seguidores, mas não será recomendado para outras pessoas no Twitter.

Nossa abordagem para monetização

Desde a semana de 21 de fevereiro, pausamos temporariamente a publicidade na Ucrânia e na Rússia para garantir que as informações importantes de segurança pública tenham destaque e que os anúncios não dispersem seu devido destaque.

Conteúdos que discutem ou têm foco na guerra, ou que sejam considerados falsos ou enganosos sob as Regras do Twitter, não são elegíveis para monetização. Também desmonetizamos os termos de busca relacionados à guerra, impedindo que anúncios apareçam nas páginas de resultados de Busca para certas palavras.

Como contexto, é importante destacar que desde 2017 suspendemos a publicidade de todas as contas de propriedade da Russia Today (RT) e da Sputnik e doamos os lucros a ONGs que trabalham com educação digital, combate à desinformação e integridade eleitoral. Em 2019, proibimos toda a publicidade de meios de comunicação apoiados pelo Estado e também a publicidade política.

Apoio às comunidades impactadas

Continuamos a engajar e apoiar organizações humanitárias na região. Por meio da campanha de doações dos funcionários do Twitter, estamos encaminhando doações para organizações reconhecidas que apoiam diretamente os refugiados ucranianos, duplicando todas as doações e fazendo contribuições diretas para organizações parceiras. 

Também estamos oferecendo doações de produtos de alto valor e subsídios do Ads for Good para ajudar o relevante trabalho  dessas organizações e amplificar sua mensagem no Twitter. Até agora, essas campanhas tiveram mais de 118,2 milhões* de impressões no Twitter.

O que vem depois?

À medida que a situação na Ucrânia evolui, continuaremos a reforçar nossa abordagem, focando na redução de potenciais danos e no fornecimento de informações confiáveis. Siga @TwitterSupport, @TwitterSafety e @Policy para atualizações em tempo real. Você também pode seguir @TwitterBrasil e @TwitterSeguroBR para conteúdos em português.

* dados atualizados em 5 de abril de 2022

** dados atualizados em 7 de setembro de 2022

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